segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Aula para o 6º ano - placas tectônicas e os resultados de seus movimentos
sábado, 5 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Animal sobrevive a dez dias de vácuo e radiação no espaço
da Folha de S.Paulo
Um pequeno passo para um tardígrado, um grande mistério para os biólogos. Os tardígrados são os primeiros animais a serem expostos ao ambiente mortal do espaço e sobreviverem. Apenas bactérias e líquens já haviam conseguido sobreviver ao vácuo e a radiação extremas fora da atmosfera da Terra.
Michalczyk & Kaczmarek | ||
Amostras desses invertebrados foram postas em órbita dentro da cápsula Foton-M3, da Agência Espacial Européia, em 2007 |
Amostras desses invertebrados foram postas em órbita dentro da cápsula Foton-M3, da Agência Espacial Européia, em 14 de setembro do ano passado.
Menores que um milímetro e meio, os tardígrados estão acostumados com longos períodos de anos de seca, durante os quais permanecem inertes e desidratados, para voltarem à vida depois.
Pesquisas anteriores haviam demonstrado que os tardígrados resistem a extremos de calor, frio e radiação.
Ingemar Jönsson, da Universidade de Kristianstad (Suécia) e seus colaboradores resolveram então fazer o bicho passar pela prova final: sobreviver no espaço.
O pesquisadores relatam as conclusões do projeto Tardis (Tardígrados no Espaço) hoje na revista "Current Biology".
Durante dez dias, amostras de duas espécies de tardígrados dissecados passaram por diferentes níveis de exposição ao ambiente espacial. Algumas amostras foram expostas somente ao vácuo, enquanto outras ficaram sem proteção nenhuma contra intensidades de radiação ultravioleta mil vezes maiores que as na superfície da Terra.
Recuperadas depois de cair no Kasaquistão, as amostras foram reidratadas em laboratório. Os tardígrados expostos somente ao vácuo não só sobreviveram como produziram filhotes.
Da amostra mais maltratada pelo vácuo e a radiação sobreviveram apenas três, cujos ovos, porém, não eclodiram. "Como esses animais sobreviveram permanece um mistério", escrevem os pesquisadores no artigo.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u442937.shtml